Meu mais novo texto. Não fiquem com medo, eu não matei ninguém.
Se parece tão errado por que continuo?
Sem dó, o destroço sem medo ou compaixão, a primeira vez parece tão errado, me sinto mal e penso que deveria parar, hesito e penso que posso tentar fazê-lo ficar bem. Mas então noto que o deixei imperfeito e depois de mais uma breve hesitação, penso que posso continuar.
Pois tenho compulsão por destruição, então continuo destruindo, pedaço por pedaço, destruindo sem pensar no quanto é errado. Sem deixar que parte alguma saia ilesa, continuo vagarosamente destroçando cada centímetro, sem ser minimamente decente, não acabo com rapidez. Quero sentir cada parte sofrendo, sujando minhas mãos.
Então, finalmente chego ao centro, ao coração de tudo, e um vislumbre do sentimento de culpa passa em frente aos meus olhos e com um soluço, fico sem ar, olho as manchas vermelhas no chão. Olho seus pedaços espalhados, me apavoro, em pânico, sorrio olhando a última parte em minhas mãos, uma esperança insana invade meus pensamentos, mas logo é afogada pelo mar de compulsão. E sinto finalmente seu coração se desfazer entre meus dedos. E fico feliz por ter acabo, pois a cada parte sua que eu deixava agonizando e deslizando entre meus dedos, fazia pairar um sentimento ruim no ar. E eu tinha raiva, pois logo depois de despedaçar-te, me sentia mal, e mesmo assim continuava, pois minha compulsão por destruir precisava ser saciada.
Como uma flor, do galho mais alto de uma árvore, caindo sem nenhum esforço, precipitando em um salto suicida aos meus pés. Tão frágil. Esmagá-la seria um ato de misericórdia, pois ela ficaria ali, apodrecendo e definhando devagar.
Colocá-la em um vaso com água seria prolongar ainda mais sua morte, e simplesmente despedaça-la rapidamente seria suficiente. Mas destruí-la não me bastou. Foi preciso segurá-la entre os dedos olha-la de perto e admirá-la. Se apaixonar por sua cor, seus tons e seu perfume, passa-la entre meus dedos. Agradecer em voz alta e exibi-la por ai.
Mas então, quando ela pensa que esta segura e quando menos espera, sua primeira pétala é arrancada. Sem fôlego, seus olhos me encaravam sofrendo em ar traído, suplicando sem lágrimas pois nem tempo teve para formá-las.
E destrinchando e desfazendo cada camada, cada encontro abrindo e arrebentando. Suplicando misericórdia, minha impiedosa destruição se torna mais vil. Mais perfeita.
E então, depois de acabado, vazio. Final. Término. Um sorriso frio e psicopata te encara. Olha satisfeito e morto, sentindo um sangue ainda quente.
Olho minhas mãos e me pergunto como foram capazes de tal latrocínio. Logo então, refratando, perco o sorriso, e transfiro ao papel meu mais recente ato.
Valéria Brum
Uma Futura Escritora
Sem dó, o destroço sem medo ou compaixão, a primeira vez parece tão errado, me sinto mal e penso que deveria parar, hesito e penso que posso tentar fazê-lo ficar bem. Mas então noto que o deixei imperfeito e depois de mais uma breve hesitação, penso que posso continuar.
Pois tenho compulsão por destruição, então continuo destruindo, pedaço por pedaço, destruindo sem pensar no quanto é errado. Sem deixar que parte alguma saia ilesa, continuo vagarosamente destroçando cada centímetro, sem ser minimamente decente, não acabo com rapidez. Quero sentir cada parte sofrendo, sujando minhas mãos.
Então, finalmente chego ao centro, ao coração de tudo, e um vislumbre do sentimento de culpa passa em frente aos meus olhos e com um soluço, fico sem ar, olho as manchas vermelhas no chão. Olho seus pedaços espalhados, me apavoro, em pânico, sorrio olhando a última parte em minhas mãos, uma esperança insana invade meus pensamentos, mas logo é afogada pelo mar de compulsão. E sinto finalmente seu coração se desfazer entre meus dedos. E fico feliz por ter acabo, pois a cada parte sua que eu deixava agonizando e deslizando entre meus dedos, fazia pairar um sentimento ruim no ar. E eu tinha raiva, pois logo depois de despedaçar-te, me sentia mal, e mesmo assim continuava, pois minha compulsão por destruir precisava ser saciada.
Como uma flor, do galho mais alto de uma árvore, caindo sem nenhum esforço, precipitando em um salto suicida aos meus pés. Tão frágil. Esmagá-la seria um ato de misericórdia, pois ela ficaria ali, apodrecendo e definhando devagar.
Colocá-la em um vaso com água seria prolongar ainda mais sua morte, e simplesmente despedaça-la rapidamente seria suficiente. Mas destruí-la não me bastou. Foi preciso segurá-la entre os dedos olha-la de perto e admirá-la. Se apaixonar por sua cor, seus tons e seu perfume, passa-la entre meus dedos. Agradecer em voz alta e exibi-la por ai.
Mas então, quando ela pensa que esta segura e quando menos espera, sua primeira pétala é arrancada. Sem fôlego, seus olhos me encaravam sofrendo em ar traído, suplicando sem lágrimas pois nem tempo teve para formá-las.
E destrinchando e desfazendo cada camada, cada encontro abrindo e arrebentando. Suplicando misericórdia, minha impiedosa destruição se torna mais vil. Mais perfeita.
E então, depois de acabado, vazio. Final. Término. Um sorriso frio e psicopata te encara. Olha satisfeito e morto, sentindo um sangue ainda quente.
Olho minhas mãos e me pergunto como foram capazes de tal latrocínio. Logo então, refratando, perco o sorriso, e transfiro ao papel meu mais recente ato.
Valéria Brum
Uma Futura Escritora
Que texto doooooido véi!!! Fiquei com medinhooo!
ResponderExcluirMas gostei...
Obrigado Caro(a) Anônimo(a)!
ExcluirÉ bem confuso não? Mas eu juro, não matei ninguém!
Não desta vez...
Bem sombrio não? rsrs Nossos textos dependem do nosso humor e do que estamos passando no momento, essas são nossas inspirações!
ExcluirRefratando...
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